como gostava de conversar contigo ao telemóvel. nada era forçado nem artificial, não tinha que me esforçar para pensar em algo para dizer. quando falávamos, conseguias fazer-me sentir como se estivesses aqui, mesmo comigo, e isso era sem duvida, uma grande dádiva para mim. agora, tudo isso se resume a discussões.

fazias-me sorrir mais do que qualquer outra pessoa, fazias com que os meus olhos brilhassem com cada palavra tua, davas-me vontade de te dar a mão e nunca mais te largar; de te abraçar e manter-te sempre comigo; de nunca te querer afastar; nunca perder. agora, tudo isso foi também substituído por sentimentos negativos.

errei, erraste, errámos. e tenho medo que a seguir surge o fim.

pensava que éramos mais seguros, menos complicados e que conseguiríamos manter tudo o que um dia já foi. mas não, eu enganei-me. cada vez somos mais fracos e metamos tudo o que tínhamos de bom, que um dia criámos.

agora, nada é igual, tudo mudou.

costumava amar-te e ser feliz. agora o hábito é sentir a tua falta, ter saudades de quando podia dizer que tudo era perfeito. agora, é hábito ter saudades do nosso amor.

for you, AR.